sexta-feira, 21 de março de 2014

2-"Vais dizer que não queres que isto aconteça tanto quanto eu?!"

Aquela voz mesmo atrás deles assustou-os aos dois. Viraram-se logo e deram de caras com a Maria.
-Nada!-Apressou-se ele a responder.

-Nada? Olha se era a mãe ou o pai a aparecer?-Perguntava a irmã dele.

-O que é que tinha?

-O que é que tinha? Ainda perguntas?

-Ai, pronto tens razão!

-Ao menos tem mais cuidado!

-Desculpa Maria!-Ana acabou por pedir desculpa também, apesar de não esperar que ele se fosse agarrar a ela, também não fez nada para que ele se afastasse rapidamente.

-Eu vim só buscar um papel que me esqueci e vou sair outra vez! Portem-se bem!

-Sim!-Maria saiu da cozinha e Slimani voltou a aproximar-se da rapariga.
-Afasta-te!

-Calma! Eu prometo que vou tentar ter mais cuidado!

-Juízo!-Avisou Maria mais uma vez e saindo de seguida. Alguns segundos depois ouviu-se a porta bater.

-Mais cuidado? Eu não quero que te aproximes de mim. Senão isto ainda corre mal.

-Gostavas que corresse bem?-Aquela pergunta de Sli deixou Ana pensativa e sem conseguir responder.- Não respondes?

-Não sei!

-Isso quer dizer o que?-Ela não sabia o que responder. Só o tinha conhecido ontem mas o jogo do gato e do rato despertava-lhe uma certa vontade de quebrar as regras. Em pequena dava-lhe um certo gozo não fazer o que os pais queriam.

-Vamos almoçar!-Acabou ela por dizer com intenção de mudar de conversa.

-Vamos! Mas não escapas a esta conversa.

-Depois eu penso nisso.

Almoçaram os dois muito calmamente e sem muito falarem. No fim de jantar o rapaz lavou a loiça e ela foi até à sala. 10 minutos depois ele juntou-se a ela no sofá. Ela estava numa ponta e ele sentou-se na outra ponta.
-Está bom assim?

-Sim!

-Ainda bem! Não quero que te chateies comigo!

-Fala-me ti!

-Interessada?

-Sim e não há nada para fazer!

-Então sou o Islam Slimani mas todos me tratam por Slimani.

-Porque?

-Por causa do Futebol

-És jogador de futebol? Profissional?

-Sim!

-Não sabia disso! A tua irmã nunca me contou nada.

- A minha família não gostou que eu seguisse o caminho do futebol.

-E agora já gostam?

-Aceitam.

-E sempre jogas-te no mesmo clube?

-Não mas sempre em clubes aqui na Argélia.

-E não sonhas sair daqui?   
     
-Claro! Portugal é um sonho!

-Queres que te leve no bolso comigo?-Ele aproximou-se um pouco dela.

-Nem na tua mala cabia!

-Ai pois não! Quem te manda ter essa altura?

-Isso é tudo inveja?

-É! Uns centímetros a mais não me importava.

-Eu gosto de mulheres pequenas.

-Ainda bem!

-Então agora fala-me de ti!

-Então sou a Ana como sabes, tenho 18 anos e quero entrar este ano na faculdade.

-18? Pensava que tinhas mais.

-Agora já não te interessa?

-Não…não é isso. Mas pensei que tivesses mais.

-E achas que eu acredito nisso? Achas que sou uma criança ainda.

-Criança não mas…

-Que não sou uma mulher…mas uma adolescente.

-Não! A idade não tem nada a ver.

-Não acredito que seja isso que pensas.- Ela levantou-se e parou junto dele.- Se algum dia fores para Portugal, ainda te vou mostrar que estás enganado.- De seguida retirou-se para o quarto.

Ali passou a tarde, no computador a falar com os pais e a falar com os amigos. Só ao fim da tarde é que a amiga voltou a casa. Ela estava no quarto, quando lhe bateram à porta.
-Sim?

-Posso?

-Claro!-Era a Maria, deixou- a entrar e fechou a porta de seguida.

-Está tudo bem?

-Sim.

-Passaste a tarde aqui?

-Sim.

-Não era preciso tanto.

-Mas não foi por causa daquilo da hora de almoço.

-Então?

-Estive a conversar com o teu irmão e ele acha que eu sou uma criança só porque tenho 18 anos.

-E porque é que o que os outros dizem agora te importa? Nunca ligaste a isso.

-Não importa mas…não gosto!

-Ou importa?

-Não.

-Estás interessada no meu irmão?

-Não mas confesso que isto de não poder chegar perto dele, dá vontade de chegar.

-Pois e pelos vistos não és só tu.

-Pois se o teu irmão não se tivesse começado a meter comigo, secalhar isto não tinha chegado onde chegou.

-Tentem pelo menos não dar nas vistas à frente dos meus pais, principalmente se vier a acontecer alguma coisa entre vocês.

-Sim e desculpa mais uma vez.

-Esquece isso. Ajudas-me com o jantar?

-Sim, claro.- Ela acompanhou a Maria até à cozinha onde prepararam o jantar. Mais tarde chegaram os pais dela. Alguns minutos depois e com o jantar feito, eram 20:00 horas quando se reuniram todos à mesa. Jantaram muito calmamente e no fim, Ana e a amiga arrumaram a cozinha.
De seguida, acompanharam a família num serão à frente da televisão. Eram 22:30 quando os pais de Maria se retiraram, ficando apenas os três jovens. Ana que antes estava sentada numa cadeira ao lado do sofá, sentou-se agora entre a amiga e Slimani. Ele olhava para ela e sorria. A mãe deles voltou a aparecer na sala, dizendo algo que Ana não percebia e só a amiga a esclareceu.

-Troca de lugar comigo.- Assim fez, levantou-se e trocou de lugar com a amiga. Passaram ali mais alguns minutos mas depois retiraram-se para os quartos. Ana foi até ao seu quarto onde vestiu o pijama e só depois saiu do quarto para ir à casa de banho. Entrou na casa de banho, fez o que tinha a fazer e voltou a sair. Nessa altura, deparou-se com Slimani.
-Andas a fugir de mim?

-Não.

-Não? A minha irmã falou contigo?

-Falou.

-O que é que ela te disse?

-Nada.- Ana andou alguns passos para a frente com o intuito de se ir embora mas depressa sentiu a mão de Slimani tocar na sua.

-Espera. Eu sei que ela te disse alguma coisa.- Ela olhou para as mãos deles juntas, voltou a recuar os passos que tinha dado e olhou-a nos olhos.

-Só me pediu para ter cuidado por causa dos teus pais…principalmente se viesse a acontecer alguma coisa entre nós.

-Ainda bem que foi só isso.

-Pensavas que tinha sido o que?

-Que ela tivesse pedido para te afastares definitivamente de mim.

-Está descansado que não fujo.

-Espero que não!

-Bem…vou dormir!-Num gesto repentino e rápido, ele depositou-lhe um beijo na face, deixando-a surpreendida.

-Dorme bem!

-Obrigada!-Seguiu de volta até ao quarto onde se deitou. Mas tudo o que se passou ontem e hoje, toda aquela aproximação e afastamento e o próprio Slimani mexeram com ela, fez com que adormecer fosse mais complicado e relembrasse tudo antes de adormecer.

No Dia Seguinte…
Ana acordou às 9 horas, vestiu-se e foi até à cozinha onde já a esperava Maria. O pequeno-almoço estava na mesa, tomou-o juntamente com a amiga. No fim, ia para ajudar a lavar a loiça do pequeno-almoço mas Maria não a deixou e então seguiu para a casa de banho onde acabou de se arranjar e colocou o lenço à volta da cabeça e que tapava um pouco da sua cara, só assim poderia sair à rua. Estava a passar pelo corredor em direção à sala, quando chocou com alguém.
-Isto é que é começar bem o dia!-Era Slimani que tinha acabado de acordar e saia do seu quarto.

-Desculpa!

-Não faz mal! Estás muito bonita!
-Obrigada!

-Tem um bom Dia!

-Obrigada!-Ana seguiu o seu caminho até à sala onde a amiga já a esperava para conhecerem alguns pontos da cidade.

-Vamos?

-Sim!

O Dia foi todo passado em Argel onde Ana conheceu a cidade e tirou algumas fotos para mais tarde rever.
Depois de uma bela manhã e tarde, Ana estava encanta principalmente com a beleza da arquitetura Argelina. Voltaram a casa eram 17 horas. Os pais deles ainda não tinham chegado e estava apenas em casa o irmão.
-Ai estou tão cansada!-Disse Ana, atirando-se para o sofá, apercebendo-se depois que não estava na casa dela.- Desculpem!-Ajeitou-se no sofá.

-Não faz mal!-Disse Maria

-Então gostaste de conhecer Argel?-Perguntou Slimani.

-Ainda há muito para conhecer mas amei a Arquitetura dos edifícios.

-É…em termos de Arquitetura Argel está bem constituída.- Sorriu para Ana.

-Eu vou até ao meu quarto….descansar um pouco.- Levantou-se do sofá e seguiu pelo corredor.

-Onde é que vais?-Ouviu a amiga perguntar mas percebeu que não era para ela e continuou a andar. Estava quase a chegar ao quarto quando percebeu que a pergunta tinha sido para o irmão de Maria que vinha atrás dela. Parou no fundo do corredor que ficava entre o quarto dela e o quarto do Slimani.

-Estás a perseguir-me?

-Não.

-Pensei.

-Mas porque gostavas?

-Depende do objectivo dessa perseguição.


-E se fosse para isto…-Caminhou muito lentamente na direção de Ana. Parou junto dela, colocou-lhe as mãos na sua anca e fez com que ela recusasse ficando encostada à parede. Ainda muito lentamente aproximou a sua cara e depois os seus lábios dos dela, o que deu tempo de ela colocar as mãos no peito dele e o afastar.
-Estás doido?

-Vais dizer que não queres que isto aconteça tanto quanto eu?!

-Não sei…e…

-E?

-E há uma coisa que se chama controlo. Eu ainda controlo as minhas vontades. E além disso pode aparecer a tua irmã ou até chegarem os teus pais.

-Mas porquê controlar aquilo que queremos e o que sentimos?

-Não sei…

-Não sabes nada…posso ajudar?

-Como?-Agora e ao contrário de há pouco, Sli agiu rapidamente. Segurou-lhe na mão e puxou-a para dentro do seu quarto, fechou a porta e encostou-a à porta para de seguida colar os seus lábios aos dela.
O beijo foi demorado e calmo, pareciam estar a saborear todos aqueles segundos que as suas bocas permaneciam coladas. Assim que os seus lábios se separaram surgiu uma expressão na cara dos dois que parecia mostrar que ambos tinham gostado daqueles segundos longos.

sexta-feira, 14 de março de 2014

1-"...Mas tu estás a fazer com que me dê mais vontade de o fazer."

5 de Junho de 2013
Ana estava de férias de Verão e tal como em verões anteriores gostava sempre de se afastar de Lisboa. Este ano tinha surgido a oportunidade de ir a outro país, de conhecer outra cultura. O seu destino era a Argélia, sabia que lá iria encontrar uma cultura muito diferente, com muitos hábitos de vida e muitas regras. Lá tinha uma amiga que tinha conhecido durante o secundário, ela tinha vindo para Portugal estudar mas devido a alguns problemas familiares voltou para a Argélia. Ana assim que recebeu o convite aceitou logo. Hoje de malas feitas, estava na altura de rumar ao aeroporto. Os pais levaram-na ao aeroporto onde se despediu deles.
-Porta-te bem filha!-Disse-lhe a mãe dando-lhe um beijo na testa.

-Vê-se não trazes um Argelino na mala quando voltares.- Desta vez foi o pai que falou.

-Achas pai? Eu vou lá estar mais de um mês mas por mais Argelinos que me passem à frente não me vou meter com nenhum, a cultura deles é muito diferente e acho que se me aproximasse de algum estava feita.

-Então tem cuidado com o que fazes e antes de fazeres seja o que for, pergunta à tua amiga se o podes ou não fazer.- Aconselhou-lhe a mãe.

-Sim mãe não te preocupes.- Despediu-se dos pais, tirou a mala do porta-bagagens e entrou no aeroporto. Fez o Check-in e foi para o avião. Já instalada no seu lugar mandou mensagem à amiga a dizer que daqui a 4 horas estaria a aterrar na Argélia.

4Horas Depois….
4 Horas depois o avião aterrava no aeroporto de Argel. Eram 3 da tarde. Depois de recolher a mala, Ana tinha à sua espera a amiga.
-Maria! Que saudades tuas!-A amiga chama-se Maria por ter algumas raízes Portuguesas.

-Eu também tinha saudades tuas! Vamos?

-Sim!  
                                                                             

Caminharam as duas até à parte de fora do aeroporto onde estava o pai de Maria. A amiga apresentou ao seu pai Ana que não percebeu o que este dizia porque falava uma língua que Ana desconhecia, a língua do país. Pelo caminho, Ana aproveitou para lhe perguntar algumas coisas que precisava de saber, uma delas como se comportar e como se vestir. Em relação às roupas Maria iria ajudá-la assim que chegassem a casa e informou-a ainda que em casa dela estavam alguns familiares porque era o dia em que se reuniam por motivos religiosos. Entraram em casa e Ana foi apresentada a todos os presentes. De seguida sentou-se no sofá da sala onde estava o irmão dela.
O rapaz sorriu-lhe. A Maria apressou-se a vir atrás, sentando-se entre eles.
-Tem mais cuidado! Estavas muito perto dele e não podes.

-Longe dos homens? Ok registei isso. Mas o teu irmão sorriu-me logo.

-É, tem cuidado com ele.

A tarde passou-se e a cada minuto que passava ia aprendendo coisas novas. Até a comida era totalmente diferente da de Portugal. Depois de jantar, todos recolheram aos quartos, a Maria indicou-lhe o dela. A jovem foi até ao quarto onde tirou a roupa das malas e arrumou no armário e nas gavetas. Eram 22:00 e sono não tinha nenhum.
Saiu do quarto e foi até à cozinha mas quando estava a entrar, reparou que estava lá o irmão de Maria. Assim que o viu, voltou para trás.
-Espera!- Ouviu ele dizer, o que a fez parar e virar-se para o lado da cozinha novamente. Ele falava em francês que deveria ser a segunda língua falada na Argélia.

-Não é suposto eu não estar perto dos homens?

-Sim mas não exageres!-Ela entrou na cozinha onde procurou pelos copos. O Rapaz aproximou-se para a ajudar e ela afastou-se. Ele tirou o copo do armário e esticou-o para ela.

-Poisa-o aí.- Sem que ela esperasse o rapaz puxou-a para perto dele, ficaram assim perto um do outro. E só depois ele lhe deu o copo.

-Eu não mordo.

-E costumas desrespeitar as regras da tua religião certo?

-Só assim deves em quando. Mas tu estás a fazer com que me dê mais vontade de o fazer.

-Nem quero saber o que isso quer dizer. Vou-me deitar.- Ela saiu da cozinha e foi directa ao quarto onde depois de vestir o pijama, voltou a sair do quarto à procura da casa de banho. Estava à procura quando uma voz atrás dela a assustou.

-Perdida?-Era o irmão da Maria novamente.

-Onde é que é a casa de banho?

-Em frente e depois à direita.- Ana seguiu as indicações dele e finalmente encontrou a casa de banho.

-Obrigada!-Entrou na casa de banho e depois de fazer o que tinha a fazer voltou a sair. O rapaz tinha ficado à porta e olhava para ela.- Assim é difícil estar longe ou afastada de ti!

-Eu só estava à tua espera para te levar ao quarto antes que te perdesses.

-Agora já não me perco! Obrigada!- Tentou passar o mais afastada que pode dele e voltou ao quarto, onde se deitou na cama.
Cama diferente da que costuma adormecer, significou algumas horas às voltas. Enquanto não adormecia, pensava na dificuldade que ia ter em cumprir todas as regras, principalmente a de manter alguma distância dos homens. O irmão de Maria parecia estar a gostar de a picar mas se fossem apanhados seria ele o mais prejudicado.


No Dia Seguinte….
Eram 10h quando alguém lhe bateu à porta do quarto, fazendo-a despertar. Estava ainda um pouco ensonada mas deu permissão para entrar.
-Bom Dia!-Era Maria que já estava vestida.

-Bom Dia! Desculpa, vou-me vestir!

-Não. Se quiseres ficar mais um pouco podes ficar, eu vou ter de ir tratar de uma coisa urgente. Pode ser que à tarde dê tempo de te ir mostrar a cidade.

-Ah não te preocupes temos mais dias. Assim descanso.

-Já sabes: não saias de casa e em relação ao resto já sabes.

-O teu irmão anda a picar-me, só para que saibas.

-Ele é assim!

-Mas pronto não te preocupes, eu aguento.

-Até logo.- A Maria saiu e ela arranjou-se para depois sair do quarto. Foi até à cozinha onde estava o irmão de Maria mais uma vez.

-Vou deixar de vir à cozinha.

-Bom Dia princesa! Estava a ver que não saias do quarto.

-Olha vai chamar princesa a quem quiseres, a mim não.

-Ainda por cima dormiu mal a noite. Tens de ir dormir comigo que acordas bem-disposta.

-Tu tás mesmo com vontade de me picar.

-Por acaso até estou! Mas vá senta-te e come.

-Também não sou nenhum cão para mandares sentar e só o vou fazer porque estou cheia de fome.- Ana sentou-se e o rapaz fez o mesmo, ficando sentado de frente para ela. Ele serviu-a e serviu-se a seguir.- Somos só nós?

-Sim! Os meus pais já saíram para trabalhar e a minha irmã foi tratar de qualquer coisa.

-E tu?

-Eu estou de férias.

-Logo tenho de ficar aqui só contigo.

-Algum problema?

-Se não me picares, não.- Tomaram o pequeno-almoço em silêncio e depois Ana levantou a mesa e lavou a loiça.

-E agora que queres fazer?

-Eu vou para o meu quarto.

-Ok.-Foi até ao quarto onde esteve quase 1 hora mas acabou por se cansar e ir até à sala onde estava o Slimani.

-Posso?

-Claro!-Sentou-se no sofá e um pouco afastada dele. Não percebia nada do que falavam na televisão mas as imagens captaram-lhe a atenção e não tirou os olhos da televisão até reparar que o rapaz olhava para ela. Inicialmente evitou olhar para ele mas depois acabou por olhar.

-O que foi?

-Nada.

-Então porque é que estás a olhar para mim.

-És bonita.

-Obrigada.- Ela tinha ficado surpreendida com o elogio tão repentino.- Mas não me vais começar a picar outra vez, pois não?

-Não! E tu levas as coisas tão a sério porque?

-Não é para levar?

-Sim. A regra é maiores aproximações entre homens e mulheres só mesmo de duas pessoas que tenham algo sério mas depois a regra aqui em casa é mais rígida por causa dos meus pais porque eles são bastantes religiosos e conservadores.

-Então vocês costumam quebrar as regras?

-Longe dos olhares deles sim. O não poder aproximar…-O rapaz chegou para mais perto dela, o que a fez assustar um pouco.-…o não poder tocar…-Pegou-lhe na mão e fez-lhe uma pequena festa com o polegar.- para mim, são regras demasiado rígidas que não deviam existir. Só que perto dos meus pais tentamos não os desiludir.

-Pois em Portugal é tudo diferente, temos mais liberdade.

-É bom saber isso!

-Está quase na hora do almoço, como é que fazemos?

-Não sei, não tenho jeito nenhum para a cozinha.

-Eu posso fazer alguma coisa mas é comida portuguesa.

-Mas não há carne de porco aqui.

-Não? Só de vaca?

-Sim.

-Então serve.- Foram os dois até à cozinha onde ele lhe deu todos os ingredientes e tudo o que precisava para fazer o almoço. Enquanto isso, ele foi pondo a mesa e só depois se aproximou dela.

-Obrigado!

-Do que?

-Por estares a fazer o almoço.- Disse ele rodeando a cintura dela com os braços. Ela estando de costas e não esperando aquilo, assustou-se um pouco.
-Primeiro: Não tens de agradecer porque eu estou em tua casa e não custa ajudar. Segundo: Não achas que estás a abusar? É que já é a segunda vez que me tocas.- Sem retirar às mãos da cintura dela, puxou-a um pouco para ele e deu-lhe um beijo nas costas mas quando a estava a soltar ouviram uma voz feminina falar mesmo atrás deles.

-O que é que se passa aqui?
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Olá a Todas!
Espero que tenham gostado deste 1º Capítulo e que deixem os vossos comentários que vão ser muito importantes para saber se gostaram ou se há alguma coisa que não gostaram, para nos próximos eu saber se hei-de mudar alguma coisa ou não publicar mais.
Obrigada a quem tem estado sempre desse lado!