-Quero abortar.
-Estás a dizer isso de cabeça quente. Tens de pensar.
-Não! Quero, quero quero!-A rapariga dizia aquelas palavras muito apressadamente enquanto chorava.
-Calma filha!-A sua mãe abraçou-a, tentando confortá-la.
. . .
-Mais calma?-Perguntou a mãe a Ana, já em casa.
-Um bocadinho.
-Então vamos lá conversar.
-Agora?
-Sim, é melhor. Eu não te aconselho a abortares!
-Mas...
-Mas nada filha! O melhor é seguires com esta gravidez.
-Porque mãe?
-Tu neste momento podias ter um irmão mais velho.
-Tu fizeste um aborto?
-Sim. E ainda me arrependo disso.-Ana ficou alguns minutos pensativa. Pensava no que a mãe lhe acabara de contar e na sua gravidez.
-Mas eu tenho medo.
-Do que?
-Só tenho 18 anos.
-Devias ter pensado nisso antes.
-Eu sei. E...
-E?
-Não sei quem é o pai.
-Não sabes? Então mas não disseste que era o rapaz que conheceste na Argélia?
-Lembras-te do Rafael?
-Sim. O teu melhor amigo que gosta de ti.
-Sim. Houve uma noite que eu bebi demais e no dia a seguir acordei sem roupa e sem me lembrar de nada. Ele diz que não aconteceu nada mas não tenho a certeza, ele gosta de mim.
-Há testes que podes fazer. Mas fala com ele de novo.
-E se ele disser que não aconteceu nada?
-Tens de confiar, acima de tudo ele é teu melhor amigo. E falar com o outro rapaz, ele tem de assumir.
-Depois de eu ter vindo embora sem lhe dizer nada, nem me deve querer ver à frente.
-Isso foi o teu medo que falou mais alto.
-Pois foi. Eu vou para o meu quarto, pode ser?
-Sim, vai!
Ana subiu ao seu quarto. Entrou, fechou a porta e sentou-se na sua cama. As palavras da mãe tinham-na deixado a pensar e fizeram com que ela própria pensasse de outra maneira. Se abortasse, talvez se arrependesse para sempre disso.
Depois de alguns minutos a pensar, pegou no seu telemóvel e na lista de contactos percorreu-a até encontrar o nome Rafael. Ainda hesitou mas acabou por ganhar coragem e carregar no botão de chamar. Depois de dois toques, ele atendeu.
-Ana?-Perguntou ele do outro lado.
-Sim! Olá!
-Já voltaste? Tinha saudades de ouvir a tua voz!
-Já! Achas que é possível nos encontrarmos? Precisava de falar um pouco contigo.
-Isso nem se pergunta! Claro que sim!
-Quando é que podes?
-Já!
-Pode ser no café ao lado da minha casa?
-Pode! 10 minutos e estou aí.
-Até já então!-Disse a rapariga, desligando a chamada.
Guardou o telemóvel na sua mala e voltou até à sala onde ainda estava a sua mãe. Avisou-a que ia ter com o Rafael e saiu. Desceu alguns metros a sua rua, até ao café onde Rafael estava também a chegar.
-Olá Ana!-Disse o rapaz com um grande sorriso dando-lhe dois beijinhos.
-Olá Rafael! Sentamo-nos?
-Sim!-Sentaram-se logo na mesa que estava mais perto deles. Pediram algo para beber e a rapariga quis ir logo directa ao assunto que lhe interessava.
-Rafael...eu...preciso de falar contigo sobre....aquela noite.
-Outra vez esse assunto?
-Sim. É muito importante que sejas sincero comigo.
-Nós somos amigos há 5 anos e sempre fui sincero contigo Ana. Sabes que eu sempre senti algo mais por ti mas nunca era capaz de te forçar a nada e muito menos contigo bêbeda como estavas naquele dia.- O rapaz parecia estar a ser super sincero, o que fez Ana querer acreditar nele. A amizade deles sempre se baseou em confiança.
-Sim. Desculpa.
-Mas o que é que se passa?
-Eu estou grávida.
-Parabéns! Quem é o sortudo?
-Argelino. Slimani.
-Slimani?
-Sim. Porque?
-Por isto. -O rapaz poisou à frente de Ana o jornal A Bola daquele dia. Na capa o que a rapariga menos esperava.
-Islam Slimani perto de assinar pelo Sporting.-Lia a rapariga na capa daquele jornal.
-É ele?
-Sim.
-E quando é que o conheço?
-Não sei.
-Então?
-Ele não sabe da gravidez ainda. Eu vim embora sem lhe dizer. Medos.
-Gostas dele?
-Sim muito mas...
-Mas só te resta ir atrás dele.
-Ele não me deve querer ver à frente.
-Liga-lhe. Por mais que esteja chateado, quando souber que vai ser pai, vai ficar feliz e querer estar ao teu lado.
-Obrigada pelas tuas palavras!
-Sabes bem que estou aqui para o que precisares.-Ana levantou-se da sua cadeira e dirigiu-se ao seu amigo, abraçando-o.- Vá agora liga lá ao rapaz!
-Vou fazer isso!- Pegou no telemóvel e depois de percorrer a lista telefónica, começou a ouvir o som de chamar mas nesse preciso momento ouviu um telemóvel a tocar. Como por instinto olhou à sua volta. Naquela mesma rua, a passar àquela esplanada estava quem ela menos esperava.
-Islam?-Interrogava-se a rapariga surpresa. Apenas hoje tinha descoberto o seu primeiro nome e foi por ele que chamou. Talvez por não esperar por isso ou até por querer mesmo parar, Slimani ainda de costas parou. Ana apressou-se a caminhar até ele, assim que chegou perto dele este virou-se, encarando-a.- Por aqui?
-Sim, sou burro. Vim atrás de ti e tu estás aí agarrada a outro.
-Agarrada a outro? Ele é meu amigo!- Slimani tinha visto o abraço e tinha ficado com alguns ciúmes.
-Eu vi o olhar dele.
-Islam! Por favor! Podemos conversar?
-Para que?
-Tenho muita coisa para te explicar.
-Não sei se quero ouvir. Desiludiste-me.
-Por favor!-Podiam não resolver as coisas, podia Slimani não compreender os motivos de Ana mas esta queria que pelo menos ele a ouvisse. Mantiveram-se alguns segundos em silêncio mas o rapaz acabou por interromper esse silêncio que estava a deixar Ana nervosa.
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Guardou o telemóvel na sua mala e voltou até à sala onde ainda estava a sua mãe. Avisou-a que ia ter com o Rafael e saiu. Desceu alguns metros a sua rua, até ao café onde Rafael estava também a chegar.
-Olá Ana!-Disse o rapaz com um grande sorriso dando-lhe dois beijinhos.
-Olá Rafael! Sentamo-nos?
-Sim!-Sentaram-se logo na mesa que estava mais perto deles. Pediram algo para beber e a rapariga quis ir logo directa ao assunto que lhe interessava.
-Rafael...eu...preciso de falar contigo sobre....aquela noite.
-Outra vez esse assunto?
-Sim. É muito importante que sejas sincero comigo.
-Nós somos amigos há 5 anos e sempre fui sincero contigo Ana. Sabes que eu sempre senti algo mais por ti mas nunca era capaz de te forçar a nada e muito menos contigo bêbeda como estavas naquele dia.- O rapaz parecia estar a ser super sincero, o que fez Ana querer acreditar nele. A amizade deles sempre se baseou em confiança.
-Sim. Desculpa.
-Mas o que é que se passa?
-Eu estou grávida.
-Parabéns! Quem é o sortudo?
-Argelino. Slimani.
-Slimani?
-Sim. Porque?
-Por isto. -O rapaz poisou à frente de Ana o jornal A Bola daquele dia. Na capa o que a rapariga menos esperava.
-Islam Slimani perto de assinar pelo Sporting.-Lia a rapariga na capa daquele jornal.
-É ele?
-Sim.
-E quando é que o conheço?
-Não sei.
-Então?
-Ele não sabe da gravidez ainda. Eu vim embora sem lhe dizer. Medos.
-Gostas dele?
-Sim muito mas...
-Mas só te resta ir atrás dele.
-Ele não me deve querer ver à frente.
-Liga-lhe. Por mais que esteja chateado, quando souber que vai ser pai, vai ficar feliz e querer estar ao teu lado.
-Obrigada pelas tuas palavras!
-Sabes bem que estou aqui para o que precisares.-Ana levantou-se da sua cadeira e dirigiu-se ao seu amigo, abraçando-o.- Vá agora liga lá ao rapaz!
-Vou fazer isso!- Pegou no telemóvel e depois de percorrer a lista telefónica, começou a ouvir o som de chamar mas nesse preciso momento ouviu um telemóvel a tocar. Como por instinto olhou à sua volta. Naquela mesma rua, a passar àquela esplanada estava quem ela menos esperava.
-Islam?-Interrogava-se a rapariga surpresa. Apenas hoje tinha descoberto o seu primeiro nome e foi por ele que chamou. Talvez por não esperar por isso ou até por querer mesmo parar, Slimani ainda de costas parou. Ana apressou-se a caminhar até ele, assim que chegou perto dele este virou-se, encarando-a.- Por aqui?
-Sim, sou burro. Vim atrás de ti e tu estás aí agarrada a outro.
-Agarrada a outro? Ele é meu amigo!- Slimani tinha visto o abraço e tinha ficado com alguns ciúmes.
-Eu vi o olhar dele.
-Islam! Por favor! Podemos conversar?
-Para que?
-Tenho muita coisa para te explicar.
-Não sei se quero ouvir. Desiludiste-me.
-Por favor!-Podiam não resolver as coisas, podia Slimani não compreender os motivos de Ana mas esta queria que pelo menos ele a ouvisse. Mantiveram-se alguns segundos em silêncio mas o rapaz acabou por interromper esse silêncio que estava a deixar Ana nervosa.
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Olá!
E este foi o 7º Capítulo!
Espero que tenham gostado e que deixem as vossas opiniões que são muito importantes. Se não gostarem também podem dizer, preciso mesmo de saber se há algo que possa não vos estar a agradar.
Beijinhos!