sexta-feira, 14 de março de 2014

1-"...Mas tu estás a fazer com que me dê mais vontade de o fazer."

5 de Junho de 2013
Ana estava de férias de Verão e tal como em verões anteriores gostava sempre de se afastar de Lisboa. Este ano tinha surgido a oportunidade de ir a outro país, de conhecer outra cultura. O seu destino era a Argélia, sabia que lá iria encontrar uma cultura muito diferente, com muitos hábitos de vida e muitas regras. Lá tinha uma amiga que tinha conhecido durante o secundário, ela tinha vindo para Portugal estudar mas devido a alguns problemas familiares voltou para a Argélia. Ana assim que recebeu o convite aceitou logo. Hoje de malas feitas, estava na altura de rumar ao aeroporto. Os pais levaram-na ao aeroporto onde se despediu deles.
-Porta-te bem filha!-Disse-lhe a mãe dando-lhe um beijo na testa.

-Vê-se não trazes um Argelino na mala quando voltares.- Desta vez foi o pai que falou.

-Achas pai? Eu vou lá estar mais de um mês mas por mais Argelinos que me passem à frente não me vou meter com nenhum, a cultura deles é muito diferente e acho que se me aproximasse de algum estava feita.

-Então tem cuidado com o que fazes e antes de fazeres seja o que for, pergunta à tua amiga se o podes ou não fazer.- Aconselhou-lhe a mãe.

-Sim mãe não te preocupes.- Despediu-se dos pais, tirou a mala do porta-bagagens e entrou no aeroporto. Fez o Check-in e foi para o avião. Já instalada no seu lugar mandou mensagem à amiga a dizer que daqui a 4 horas estaria a aterrar na Argélia.

4Horas Depois….
4 Horas depois o avião aterrava no aeroporto de Argel. Eram 3 da tarde. Depois de recolher a mala, Ana tinha à sua espera a amiga.
-Maria! Que saudades tuas!-A amiga chama-se Maria por ter algumas raízes Portuguesas.

-Eu também tinha saudades tuas! Vamos?

-Sim!  
                                                                             

Caminharam as duas até à parte de fora do aeroporto onde estava o pai de Maria. A amiga apresentou ao seu pai Ana que não percebeu o que este dizia porque falava uma língua que Ana desconhecia, a língua do país. Pelo caminho, Ana aproveitou para lhe perguntar algumas coisas que precisava de saber, uma delas como se comportar e como se vestir. Em relação às roupas Maria iria ajudá-la assim que chegassem a casa e informou-a ainda que em casa dela estavam alguns familiares porque era o dia em que se reuniam por motivos religiosos. Entraram em casa e Ana foi apresentada a todos os presentes. De seguida sentou-se no sofá da sala onde estava o irmão dela.
O rapaz sorriu-lhe. A Maria apressou-se a vir atrás, sentando-se entre eles.
-Tem mais cuidado! Estavas muito perto dele e não podes.

-Longe dos homens? Ok registei isso. Mas o teu irmão sorriu-me logo.

-É, tem cuidado com ele.

A tarde passou-se e a cada minuto que passava ia aprendendo coisas novas. Até a comida era totalmente diferente da de Portugal. Depois de jantar, todos recolheram aos quartos, a Maria indicou-lhe o dela. A jovem foi até ao quarto onde tirou a roupa das malas e arrumou no armário e nas gavetas. Eram 22:00 e sono não tinha nenhum.
Saiu do quarto e foi até à cozinha mas quando estava a entrar, reparou que estava lá o irmão de Maria. Assim que o viu, voltou para trás.
-Espera!- Ouviu ele dizer, o que a fez parar e virar-se para o lado da cozinha novamente. Ele falava em francês que deveria ser a segunda língua falada na Argélia.

-Não é suposto eu não estar perto dos homens?

-Sim mas não exageres!-Ela entrou na cozinha onde procurou pelos copos. O Rapaz aproximou-se para a ajudar e ela afastou-se. Ele tirou o copo do armário e esticou-o para ela.

-Poisa-o aí.- Sem que ela esperasse o rapaz puxou-a para perto dele, ficaram assim perto um do outro. E só depois ele lhe deu o copo.

-Eu não mordo.

-E costumas desrespeitar as regras da tua religião certo?

-Só assim deves em quando. Mas tu estás a fazer com que me dê mais vontade de o fazer.

-Nem quero saber o que isso quer dizer. Vou-me deitar.- Ela saiu da cozinha e foi directa ao quarto onde depois de vestir o pijama, voltou a sair do quarto à procura da casa de banho. Estava à procura quando uma voz atrás dela a assustou.

-Perdida?-Era o irmão da Maria novamente.

-Onde é que é a casa de banho?

-Em frente e depois à direita.- Ana seguiu as indicações dele e finalmente encontrou a casa de banho.

-Obrigada!-Entrou na casa de banho e depois de fazer o que tinha a fazer voltou a sair. O rapaz tinha ficado à porta e olhava para ela.- Assim é difícil estar longe ou afastada de ti!

-Eu só estava à tua espera para te levar ao quarto antes que te perdesses.

-Agora já não me perco! Obrigada!- Tentou passar o mais afastada que pode dele e voltou ao quarto, onde se deitou na cama.
Cama diferente da que costuma adormecer, significou algumas horas às voltas. Enquanto não adormecia, pensava na dificuldade que ia ter em cumprir todas as regras, principalmente a de manter alguma distância dos homens. O irmão de Maria parecia estar a gostar de a picar mas se fossem apanhados seria ele o mais prejudicado.


No Dia Seguinte….
Eram 10h quando alguém lhe bateu à porta do quarto, fazendo-a despertar. Estava ainda um pouco ensonada mas deu permissão para entrar.
-Bom Dia!-Era Maria que já estava vestida.

-Bom Dia! Desculpa, vou-me vestir!

-Não. Se quiseres ficar mais um pouco podes ficar, eu vou ter de ir tratar de uma coisa urgente. Pode ser que à tarde dê tempo de te ir mostrar a cidade.

-Ah não te preocupes temos mais dias. Assim descanso.

-Já sabes: não saias de casa e em relação ao resto já sabes.

-O teu irmão anda a picar-me, só para que saibas.

-Ele é assim!

-Mas pronto não te preocupes, eu aguento.

-Até logo.- A Maria saiu e ela arranjou-se para depois sair do quarto. Foi até à cozinha onde estava o irmão de Maria mais uma vez.

-Vou deixar de vir à cozinha.

-Bom Dia princesa! Estava a ver que não saias do quarto.

-Olha vai chamar princesa a quem quiseres, a mim não.

-Ainda por cima dormiu mal a noite. Tens de ir dormir comigo que acordas bem-disposta.

-Tu tás mesmo com vontade de me picar.

-Por acaso até estou! Mas vá senta-te e come.

-Também não sou nenhum cão para mandares sentar e só o vou fazer porque estou cheia de fome.- Ana sentou-se e o rapaz fez o mesmo, ficando sentado de frente para ela. Ele serviu-a e serviu-se a seguir.- Somos só nós?

-Sim! Os meus pais já saíram para trabalhar e a minha irmã foi tratar de qualquer coisa.

-E tu?

-Eu estou de férias.

-Logo tenho de ficar aqui só contigo.

-Algum problema?

-Se não me picares, não.- Tomaram o pequeno-almoço em silêncio e depois Ana levantou a mesa e lavou a loiça.

-E agora que queres fazer?

-Eu vou para o meu quarto.

-Ok.-Foi até ao quarto onde esteve quase 1 hora mas acabou por se cansar e ir até à sala onde estava o Slimani.

-Posso?

-Claro!-Sentou-se no sofá e um pouco afastada dele. Não percebia nada do que falavam na televisão mas as imagens captaram-lhe a atenção e não tirou os olhos da televisão até reparar que o rapaz olhava para ela. Inicialmente evitou olhar para ele mas depois acabou por olhar.

-O que foi?

-Nada.

-Então porque é que estás a olhar para mim.

-És bonita.

-Obrigada.- Ela tinha ficado surpreendida com o elogio tão repentino.- Mas não me vais começar a picar outra vez, pois não?

-Não! E tu levas as coisas tão a sério porque?

-Não é para levar?

-Sim. A regra é maiores aproximações entre homens e mulheres só mesmo de duas pessoas que tenham algo sério mas depois a regra aqui em casa é mais rígida por causa dos meus pais porque eles são bastantes religiosos e conservadores.

-Então vocês costumam quebrar as regras?

-Longe dos olhares deles sim. O não poder aproximar…-O rapaz chegou para mais perto dela, o que a fez assustar um pouco.-…o não poder tocar…-Pegou-lhe na mão e fez-lhe uma pequena festa com o polegar.- para mim, são regras demasiado rígidas que não deviam existir. Só que perto dos meus pais tentamos não os desiludir.

-Pois em Portugal é tudo diferente, temos mais liberdade.

-É bom saber isso!

-Está quase na hora do almoço, como é que fazemos?

-Não sei, não tenho jeito nenhum para a cozinha.

-Eu posso fazer alguma coisa mas é comida portuguesa.

-Mas não há carne de porco aqui.

-Não? Só de vaca?

-Sim.

-Então serve.- Foram os dois até à cozinha onde ele lhe deu todos os ingredientes e tudo o que precisava para fazer o almoço. Enquanto isso, ele foi pondo a mesa e só depois se aproximou dela.

-Obrigado!

-Do que?

-Por estares a fazer o almoço.- Disse ele rodeando a cintura dela com os braços. Ela estando de costas e não esperando aquilo, assustou-se um pouco.
-Primeiro: Não tens de agradecer porque eu estou em tua casa e não custa ajudar. Segundo: Não achas que estás a abusar? É que já é a segunda vez que me tocas.- Sem retirar às mãos da cintura dela, puxou-a um pouco para ele e deu-lhe um beijo nas costas mas quando a estava a soltar ouviram uma voz feminina falar mesmo atrás deles.

-O que é que se passa aqui?
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Olá a Todas!
Espero que tenham gostado deste 1º Capítulo e que deixem os vossos comentários que vão ser muito importantes para saber se gostaram ou se há alguma coisa que não gostaram, para nos próximos eu saber se hei-de mudar alguma coisa ou não publicar mais.
Obrigada a quem tem estado sempre desse lado!

3 comentários:

  1. Olá. Já te tinha dito, mas volto a dizer...nunca pensei que fizesses uma fic com um jogador do sporting...estou mesmo surpreendida :O
    Digo-te já também que vou amar esta fic como todas as outras que escreves :)
    Agora falando do capitulo...a Argélia tem muitas regras e algumas eu não entendo...mas pronto. Nunca pensei que o Slimani fosse atiradiço...ehhehehe ;)
    Acho que a Ana vai "obrigar" o Slimani a quebrar muitas regras do seu pais e estou curiosa para saber quem os apanhou na cozinha...espero que tenha sido a Maria :).
    Espero pelo próximo bjs :*

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  2. Olá

    Adorei , e apoio-te em tudo já sabes ;)
    Por este primeiro capítulo dá para ver que esta será mais uma fantástica fic tua *_*

    MAIS , MAIS , MAIS *_*



    Beijinhos


    Catarina

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  3. Olá!
    isto é delicioso, primeiro o Slimani é um saído da casca, jesus! depois é a bela da Ana que é um pedaço (como é que o Slimani resiste?!) e pronto, a Maria tem de pôr ordem naquilo, se bem que, os pais também deviam mudar um bocadinho, mas só um bocadinho!
    Vou já para o próximo.
    besitos!

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