-Então?-A rapariga nada lhe respondeu. Saiu da casa de banho com o teste na mão e foi até ao seu quarto. Maria foi atrás dela. Ana parecia um pouco alterada e ainda com o teste na mão, abriu a sua mala de viagem e despejava a sua roupa do armário toda para dentro da mala.
-O que é que é estás a fazer Ana?- Perguntou Maria mas esta não lhe respondeu. Maria aproveitou Ana estar de costas para lhe tirar o teste da mão. Mas não percebia nada o que aqueles traços queriam dizer.-Podes me explicar o que quer dizer isto?
-Isso quer dizer que posso estar grávida como não.
-Então?
-Tenho de fazer uma análise ao sangue.
-Vais para Portugal?
-Sim.
-Agora?
-Já!
-E o meu irmão?
-Ele está em casa?
-Não.
-Então pronto. Eu não lhe quero estragar a vida.
-Estragar a vida?
-Sim. Ele provavelmente não quer ser pai agora.
-Sabes? Quer de certeza estar ao teu lado neste momento de incerteza e que precisas de apoio aconteça o que que acontecer.
-Quero tratar disto sozinha. E só depois falar com ele.-As roupas de Ana estavam todas na mala, mal arrumadas mas estavam.
-E já tens voo?
-Não. Quando lá chegar compro o bilhete, seja para daqui a umas horas ou para daqui a uns minutos.
-Estás a ser injusta.
-Desculpa.-Deu um beijo na bochecha da amiga e saiu do quarto. Ela seguiu-a até à porta.-Obrigada por tudo e desculpa mais uma vez.-Voltou Ana a dizer.
Saiu daquela casa e apanhou logo um táxi em direcção ao aeroporto. Seriam apenas 10 minutos de viagem.
[Slimani]
O jovem vinha de uma reunião com o seu agente e tinha novidades muito boas para contar a todos mas em especial à Ana.
Estava com um grande sorriso quando entrou em casa mas tinha a sua irmã à espera.
-Que cara é essa?-Perguntou o rapaz à irmã.
-A Ana foi-se embora! Vai atrás dela!
-Foi-se embora?-O jovem mostrou-se logo triste e desiludido, pois a sua namorada tinha prometido que iam lutar contra tudo para ficarem juntos.
-Sim. Não te posso dizer porque. Vai atrás dela, ainda a podes apanhar!- Slimani hesitou mas acabou por sair disparato de casa em direcção ao aeroporto.
[Ana]
Assim que chegou ao aeroporto dirigiu-se às bilheteiras. Por sorte, havia um voo de partia daí a 20 minutos. Comprou algo para comer e sentou-se nos bancos disponíveis antes da zona de check-in. Só quando faltavam 10 minutos é que passou essa zona. Nesse preciso momento ouviu uma voz que não lhe era nada desconhecida.
-Ana! Espera por favor!-A rapariga não queria acreditar que ouvia aquela voz. Esperava ir embora, sem pedidos de ninguém para ficar e muito menos de Slimani. Olhou para ele, deixou escapar algumas lágrimas e voltou a virar costas. Seguiu o seu caminho, deixando para trás a pessoa por quem estava apaixonada, a pessoa que lhe fez acreditar no amor, a pessoa que a fez lutar e perceber que nem sempre é tudo fácil, que é preciso lutar para ter aquilo que se quer, neste caso o amor dos dois.
...
Eram 23:15 h quando o avião aterrou no aeroporto de Lisboa. Ana tinha chorado bastante durante aquela viagem, tinha pensado muito e adormecido já no fim. Assim que recolheu a sua mala, apressou-se a apanhar um táxi para chegar a casa o mais depressa que podia. 15 minutos depois já estava a entrar em casa.
-Filha?-Perguntaram os seus pais levantando-se do sofá, assim que a viram entrar por aquela porta.
-Boa Noite! Sim sou eu, voltei!-Aproximou-se deles e cumprimentou-os, abraçando-os de seguida. Era bom para ela estar de volta a casa, ao seu espaço.
-Está tudo bem? Não avisas-te que vinhas.
-Posso falar amanhã? Agora queria ir descansar.
-Sim. Então descansa.- Despedi-me dos dois e fui para o meu quarto
No Dia Seguinte...
Ana acordou com a certeza que pouco tinha dormido. Sentia-se cansada e com a cabeça às voltas. Levantou-se sabendo que tinha uma conversa para ter com a mãe. Podia simplesmente pedir ajuda a uma amiga e esconder tudo mas não, optou por ser com a mãe que iria desabafar e pedir ajuda.
-Bom Dia Mãe!-Disse ela assim que chegou à sala onde a mãe estava a passar a ferro.
-Bom Dia filha! Queres falar agora?
-Sim. Vou só buscar um iogurte.-A rapariga foi à cozinha, voltando minutos depois. A sua mãe já tinha desligado o ferro e se sentado no sofá.
-O que é que se passa?
-Nem sei por onde começar...
-Pelo início.
-Eu sempre fui uma rapariga responsável mas depois do que vou dizer, deves ficar desiludida comigo e nunca mais confiar em mim.
-Estás a deixar-me preocupada.
-Na Argélia...eu conheci um rapaz...as coisas foram avançando e nós...
-Estás grávida Ana?
-Não sei. Fiz um teste antes de vir embora mas não era muito certo.
-Tens de fazer uma análise ao sangue.-A sua mãe levantou-se logo, pegou no telemóvel e fez uma chamada. Alguns minutos desligou a chamada e voltou a sentar-se.-Já marquei! Amanhã de manhã já vais fazer.
-Estás desiludida não estás?
-Não é uma questão de desilusão, tu só tens 18 anos.
-Eu sei. E não sei o que vou fazer se estiver mesmo grávida.
-Acho melhor não sofreres por antecipação. E esse rapaz?
-Eu não lhe disse nada. Não queria criar falsas expectativas e tenho medo que isto não estivesse nos planos dele.
-Estava nos teus?
-Para já não. Um dia.
-Ele só tem de assumir as responsabilidades. Um bebé não é feito só por um.
-Eu sei. Mas depois de ter certezas logo falo com ele.
. . .
O resto daquele dia custou a passar. Não iria contar a mais ninguém o que se passava, nem ao seu pai. A ele seria pior de contar, tinha até medo da sua reacção.
No Dia Seguinte...
Eram 8 horas quando acordou. Mais uma noite em que dormiu muito mal e em que a sua cabeça não conseguiu descansar com tantos medos e incertezas.
As horas durante a noite que passou sem dormir custaram a passar mas acabou por chegar a hora de Ana fazer as análises. Entrou numa pequena sala onde num instante lhe foi tirado o sangue para análise. Pensava que só saberia o resultado daí a alguns dias mas a sua mãe tinha conseguido com que se soubesse os resultados ainda naquele dia.
-Queres ir dar uma volta ou esperamos aqui?
-Quanto tempo demora?
-Uns 40 minutos.
-Esperamos aqui.-Aqueles minutos serviram para ela ficar ainda mais nervosa e receosa daquele resultado. A vida dela poderia mudar a partir deste dia. A jovem estava bastante distante e pensativa quando uma enfermeira chamou pelo seu nome, fazendo-a despertar. Caminhou atrás dela até à pequena sala novamente.
-Parabéns!-Disse a enfermeira a Ana assim que esta se sentou.
-Parabéns?- A jovem tinha percebido o porquê da enfermeira dizer aquilo mas não queria acreditar, fez a pergunta com a esperança que houvesse outra razão.
-Sim! Está grávida de precisamente 1 mês!- Todas as palavras que a médica disse a seguir, ela praticamente já não as ouviu. Na sua cabeça passavam vários cenários do que se iria passar a partir deste dia.
-Então até daqui a 1 mês!- Levantou-se e saiu. À sua espera estava ainda a sua mãe, impaciente e à espera do resultado.
-Então?
-Estou grávida.- Ana baixou a sua cabeça olhando para o chão, esperando uma reacção da mãe. Esta levantou-lhe a cabeça, reparando que a cara da filha estava repleta de lágrimas que iam caindo. Podia repreendê-la, dizer que sempre a avisou para ter cuidado mas não, abraçou-a e confortou-a.
-Calma.-Pediu a sua mãe, ao ver a filha bastante nervosa.
-Tenho medo.
-É normal.
-Quero abortar.
-Estás a dizer isso de cabeça quente. Tens de pensar.
-Não! Quero, quero quero!-A rapariga dizia aquelas palavras muito apressadamente enquanto chorava.
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...
Eram 23:15 h quando o avião aterrou no aeroporto de Lisboa. Ana tinha chorado bastante durante aquela viagem, tinha pensado muito e adormecido já no fim. Assim que recolheu a sua mala, apressou-se a apanhar um táxi para chegar a casa o mais depressa que podia. 15 minutos depois já estava a entrar em casa.
-Filha?-Perguntaram os seus pais levantando-se do sofá, assim que a viram entrar por aquela porta.
-Boa Noite! Sim sou eu, voltei!-Aproximou-se deles e cumprimentou-os, abraçando-os de seguida. Era bom para ela estar de volta a casa, ao seu espaço.
-Está tudo bem? Não avisas-te que vinhas.
-Posso falar amanhã? Agora queria ir descansar.
-Sim. Então descansa.- Despedi-me dos dois e fui para o meu quarto
No Dia Seguinte...
Ana acordou com a certeza que pouco tinha dormido. Sentia-se cansada e com a cabeça às voltas. Levantou-se sabendo que tinha uma conversa para ter com a mãe. Podia simplesmente pedir ajuda a uma amiga e esconder tudo mas não, optou por ser com a mãe que iria desabafar e pedir ajuda.
-Bom Dia Mãe!-Disse ela assim que chegou à sala onde a mãe estava a passar a ferro.
-Bom Dia filha! Queres falar agora?
-Sim. Vou só buscar um iogurte.-A rapariga foi à cozinha, voltando minutos depois. A sua mãe já tinha desligado o ferro e se sentado no sofá.
-O que é que se passa?
-Nem sei por onde começar...
-Pelo início.
-Eu sempre fui uma rapariga responsável mas depois do que vou dizer, deves ficar desiludida comigo e nunca mais confiar em mim.
-Estás a deixar-me preocupada.
-Na Argélia...eu conheci um rapaz...as coisas foram avançando e nós...
-Estás grávida Ana?
-Não sei. Fiz um teste antes de vir embora mas não era muito certo.
-Tens de fazer uma análise ao sangue.-A sua mãe levantou-se logo, pegou no telemóvel e fez uma chamada. Alguns minutos desligou a chamada e voltou a sentar-se.-Já marquei! Amanhã de manhã já vais fazer.
-Estás desiludida não estás?
-Não é uma questão de desilusão, tu só tens 18 anos.
-Eu sei. E não sei o que vou fazer se estiver mesmo grávida.
-Acho melhor não sofreres por antecipação. E esse rapaz?
-Eu não lhe disse nada. Não queria criar falsas expectativas e tenho medo que isto não estivesse nos planos dele.
-Estava nos teus?
-Para já não. Um dia.
-Ele só tem de assumir as responsabilidades. Um bebé não é feito só por um.
-Eu sei. Mas depois de ter certezas logo falo com ele.
. . .
O resto daquele dia custou a passar. Não iria contar a mais ninguém o que se passava, nem ao seu pai. A ele seria pior de contar, tinha até medo da sua reacção.
No Dia Seguinte...
Eram 8 horas quando acordou. Mais uma noite em que dormiu muito mal e em que a sua cabeça não conseguiu descansar com tantos medos e incertezas.
As horas durante a noite que passou sem dormir custaram a passar mas acabou por chegar a hora de Ana fazer as análises. Entrou numa pequena sala onde num instante lhe foi tirado o sangue para análise. Pensava que só saberia o resultado daí a alguns dias mas a sua mãe tinha conseguido com que se soubesse os resultados ainda naquele dia.
-Queres ir dar uma volta ou esperamos aqui?
-Quanto tempo demora?
-Uns 40 minutos.
-Esperamos aqui.-Aqueles minutos serviram para ela ficar ainda mais nervosa e receosa daquele resultado. A vida dela poderia mudar a partir deste dia. A jovem estava bastante distante e pensativa quando uma enfermeira chamou pelo seu nome, fazendo-a despertar. Caminhou atrás dela até à pequena sala novamente.
-Parabéns!-Disse a enfermeira a Ana assim que esta se sentou.
-Parabéns?- A jovem tinha percebido o porquê da enfermeira dizer aquilo mas não queria acreditar, fez a pergunta com a esperança que houvesse outra razão.
-Sim! Está grávida de precisamente 1 mês!- Todas as palavras que a médica disse a seguir, ela praticamente já não as ouviu. Na sua cabeça passavam vários cenários do que se iria passar a partir deste dia.
-Então até daqui a 1 mês!- Levantou-se e saiu. À sua espera estava ainda a sua mãe, impaciente e à espera do resultado.
-Então?
-Estou grávida.- Ana baixou a sua cabeça olhando para o chão, esperando uma reacção da mãe. Esta levantou-lhe a cabeça, reparando que a cara da filha estava repleta de lágrimas que iam caindo. Podia repreendê-la, dizer que sempre a avisou para ter cuidado mas não, abraçou-a e confortou-a.
-Calma.-Pediu a sua mãe, ao ver a filha bastante nervosa.
-Tenho medo.
-É normal.
-Quero abortar.
-Estás a dizer isso de cabeça quente. Tens de pensar.
-Não! Quero, quero quero!-A rapariga dizia aquelas palavras muito apressadamente enquanto chorava.
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E este foi o 6º Capítulo!
Palpites para o que se passará a partir de agora na vida de Ana?
Ultimamente ando sem muita motivação para escrever e os capítulos não saem como eu quero. Mas sinto que este correu melhor e, por isso, espero que tenham gostado tal como eu amei escrevê-lo!
Fico também à espera das vossas opiniões! Criticas negativas ou positivas, comentários grandes ou pequenos..tudo é bem vindo!
E mais uma vez Obrigada a quem se mantêm aí desse lado!
Beijinhos!
Olá
ResponderEliminarAdorei *_* A Ana não pode abortar e tem de contar ao Slimani , eles tem de ficar juntos :D
Próximo !
Beijinhos
Catarina
Olá :)
ResponderEliminarEu sabia que vinha aí um baby :D...mas espero que a Ana não faça nenhum disparate :/...ela tem que contar ao Sli e ele vai adorar ;)
Próximo sff bjs :*