sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

10-"Rápido...veste-te e vai para o armário Sli!"

-É a minha mãe!-Disse Slimani.

-Atende!

-Estou!
...
-Mãe tem calma! Fala devagar! Estás a assustar-me!
...
-O Pai o que?
...
-Tem calma! A Maria?
...
-Não saiam daí. Eu vou já para o aeroporto.-Disse, desligando a chamada.

-O que é que aconteceu?-Perguntou Ana, preocupada.

-Tenho voltar já a casa, a minha mãe precisa de mim.

-Mas o que é que se passou?

-O meu pai bateu na minha mãe, eu tenho de ir.

-Eu vou contigo.-Ana não queria deixá-lo ir sozinho, do pouco que conhecia o pai dele sabia que ele podia perder a cabeça facilmente.

-Não. Fica.

-Mas tem calma e cuidado, por favor.

-Sim, eu vou ter.-Deu-lhe um beijo na testa e nos lábios e encaminhou-se para a porta.

-Depois liga-me.-Ele acenou-lhe com a cabeça e saiu.

...
Passaram-se horas e horas e nada de notícias. Eram já 23 horas quando o telemóvel de Ana tocou. Não reconhecia o numero mas atendeu, era Slimani.
-Estou!-Disseram do outro lado.

-Finalmente! Como é que estás?


-Bem. A minha mãe é que nem tanto mas vai ficar tudo bem.


-Olha...porque é que não trazes a tua mãe e a tua irmã para cá?


- E deixar o meu pai cá sozinho? Não sei se isso não vai fazer pior!

- Mas elas sofrerem desta maneira também não faz bem Sli.

- Sim, até tens razão,..vou falar com elas, pode ser?

- Óbvio, mas volta rápido. Tenho, quer dizer, temos saudades tuas.

- Eu volto assim que tiver a resposta delas, prometo, amo-te.

- Também te amo Sli.

Desligaram. Ana estava realmente preocupada com a Maria e a mãe deles. Que o pai dele era um monstro já todos tinham percebido, mas bater nelas? Era cobardia a mais. Ana tinha ido para casa, para falar com a mãe sobre o que tinha acontecido.
- Tens a certeza mãe?

- Filha, elas precisam de ajuda e como temos possibilidades disso, acho que é o melhor.

- Ai Obrigada mãe, estás a ser tão espetacular.

- Mas vamos acolher essas pessoas na nossa casa porquê mesmo? Eu ainda não percebi.

- Vamos ajudá-los pai e quando tudo acalmar irás perceber, não te preocupes.

- Então e as visitas chegam quando filha?

- Não sei mãe, vou ligar.

Quando Ana desbloqueou o telemóvel pronta a ligar a Sli, era ele quem ligava.
- Estou amor, elas aceitam, pelo menos por uns tempos, não sei ainda é como vamos fazer.

- A minha mãe quer que vocês fiquem cá em casa.

- Tens a certeza disso?

- Foi ela que me veio com esta conversa e tudo. Aceita, vá lá Sli, até estar tudo resolvido, por favor.

- Tudo bem, vamos a isso. Temos voo daqui a uma hora, chegamos de madrugada, podes avisar a tua mãe?

- Claro, vamos buscar-vos ao aeroporto, até logo Sli.

- Amo-te muito muito amor.

- Beijinhos. – E desligaram.

....
Já no aeroporto estavam Ana e a sua mãe à espera de os ver a qualquer momento. Até que Ana ouve chamaram-na.
-Sli! – Correu até ele, abraçando-o como se não o visse há meses.

-Agora nada nos separa! – Disse levantou-a do chão de tão feliz que estava.
Depois de todas as apresentações, todos se dirigiam para o carro. Ana ao volante e Slimani ao seu lado e Maria, a Mãe da Ana e dos irmãos, atrás.

-A tua mãe safa-se no francês. – Disse Maria a Ana.

-Bem melhor do que eu acredita. Aqui o teu irmãozinho vai começar a falar português de jeito, daqui a uns meses tá pró!

- Amo-te – Pronunciou Slimani em português fazendo Ana corar e dar-lhe um beijo apressado.

Chegaram a casa e a mãe de Ana tratou de preparar alguma coisa para comerem, eram 5h00, e todos iriam fazer direta para conseguir dormir na noite seguinte. Enquanto Ana e Slimani foram para o quarto dela, as duas mães e a Maria ficaram na sala a falar da nova vida que iriam viver todos juntos.
-Parecemos uns doidos, só ia passar férias e venho grávida e contigo e com a tua família cá.

-Mas eu estou muito feliz, fazia-me falta alguém como tu.

-Podíamos ter assim um momento só nosso. – Disse Ana aproximando-se de Slimani – Tenho saudades tuas.

-E se as nossas mães entram?

-Problema resolvido. – Disse Ana enquanto trancava a porta. – Anda cá. – Ana estava a provocar e Islam a não conseguir resistir-lhe.


-Ana, a porta está trancada porquê? – Do outro lado era o pai dela.

-Rápido...veste-te e vai para o armário Sli! Apesar de ele saber que vocês estão cá, ver-te no meu quarto é mais complicado. – Ele sorriu e piscou-lhe o olho.

Ana vestiu-se o mais rápido que conseguiu e abriu a porta.
-Não sei pai, eu fechei e já não estava a conseguir abrir, deve estar alguma coisa estragada. – Disse quase sem fôlego.

-Estás ofegante porquê?

-Ai pai, então fomos busca-los e como vim a correr para quarto fiquei assim, cansada.

-Está bem. Eu só vinha dar-te um beijo, tenho outra reunião, não sei quando volto mas fica bem.

-E vais já? Ainda é de madrugada Pai.

-Sim, mas tem de ser filhota. Vá, depois eu ligo. – Disse o pai de Ana já a virar costas.

Entretanto Slimani sai do armário a rir-se.
-Estás a rir-te do quê mesmo?

-Ficas demasiado fofa toda atrapalhada.

-Cala-te! Íamos sendo apanhados Sli. – Disse sentando-se na cama. Islam só brincava com a situação e começou a aproximar-se de Ana para a beijar. Pôs a mão na perna dela e fê-la subir tronco acima. Ouviu-se uma tosse.


-Isto hoje está difícil. – Comentou Slimani. – Diz Mana. – Disse virando-se para a porta.

-Desculpem, não queria interromper nada.-Disse Maria, não dando tempo de nenhum deles.

-Finalmente sós!-Disse Slimani.

-Digo o mesmo! Eu e a minha cama...o sono chegou, não aguento mais acordada.

-Descansa.


2 Semanas Depois (11 de Agosto de 2013) ...
O Jogo começou e o golo da equipa surgiu logo aos 5 minutos por Montero. A restante primeira parte foi bastante disputada em termos de posse de bola. O facto de Slimani estar no banco, deixava Ana nervosa e esperançosa de que chegasse a entrar e a estrear-se  com a camisola do Sporting.
Depois do intervalo, as primeiras substituições sucederam mas ele continuava no banco. Os minutos passaram, com mais substituições e golos aos 72 por Carrillo e aos 77 por Rúben Semedo.
Nessa altura Sli, como Ana gostava de o chamar, já aquecia. A esperança de entrar era muita, via-se no olhar dele. Foi aos 82 minutos que esse momento aconteceu. Mostrou e jogou o que conseguiu nos poucos minutos que teve para jogar mas apesar de tudo ele estava feliz, o momento que mais desejou tinha-se concretizado.


Com uma vitória por 3-0 contra a Fiorentina, a Taça dos Cinco Violinos tinha sido conquistada e estava na hora da festa. Estreia pela equipa, uma vitória e a conquista da Taça, não podiam ter deixado Slimani mais feliz. Apesar de ainda não se sentir completamente integrado, juntou-se ao grupo, festejou como todos os outros e festejou com os adeptos. 
Ana festejou com ele das bancadas, bastava uma troca de olhares ou sorrisos para se perceber a felicidade dele por aquele momento e a felicidade da rapariga por estar ao lado do namorado naquele momento, estava também feliz com a felicidade dele.

Os últimos dias tinham sido complicados por causa da habituação do Slimani ao Sporting e da família dele, principalmente a mãe, a Portugal. Mas os momentos menos bons são necessários para que os bons valham a pena, como hoje.
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Olá a Todas!
Desculpem a demora mas a faculdade ultimamente não me deixa tempo para mais nada mas hoje consegui publicar e espero que tenham gostado!
Espero também que não se tenham fartado de esperar, conto com as vossas opiniões!
Beijinhos!
Sofia

3 comentários:

  1. Olá

    Adorei *_*


    Beijinhos


    A.M

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  2. Olá!
    tãão lindos, que prova de amor tão grande a deles, vem a familia e tudo, aquele pai não presta mesmo! Estavam sempre a ser interrompidos, que fofos ahah.
    Esperemos que os momentos bons que aí vêm valham mesmo a pena.
    Espero ansiosamente o próximo, besitos guapa!

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  3. Olá :)
    Finalmente um capitulo :P (eu compreendo a ausência)
    Gostei muito de ler e quero mais :)

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